PORTUGAL
LOCALIZA-SE NO EXTREMO SUDOESTE DA EUROPA, FIXADO ENTRE A ESPANHA (5 VEZES
MAIOR EM SUPERFÍCIE) A NORTE E A ESTE, E O OCEANO ATLÂNTICO, A OESTE E A SUL. O
MAR MEDITERRÂNEO, APESAR DE NÃO BANHAR PORTUGAL, EXERCE A SUA INFLUÊNCIA
PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DO CLIMA, A QUE ATRIBUI CARACTERÍSTICAS ÚNICAS. O CLIMA
DE PORTUGAL É MEDITERRÂNEO, DISTINGUINDO-SE PELA EXISTÊNCIA DE VERÕES QUENTES E
SECOS, PELA SUAVIDADE DOS INVERNOS E EVIDENCIA 4 ESTAÇÕES DO ANO, TÍPICO DOS
CLIMAS TEMPERADOS.
NO TERRITÓRIO
PORTUGUÊS, ESTAS CARACTERÍSTICAS MEDITERRÂNEAS VARIAM DE INTENSIDADE CONSOANTE
A PROXIMIDADE AO OCEANO ATLÂNTICO, REGULADOR DO CLIMA, AMENIZADOR DE
TEMPERATURAS E FORNECEDOR DA HUMIDADE TRANSPORTADA PELOS VENTOS VINDOS DE
OESTE. A TEMPERATURA E A DURAÇÃO DA ESTAÇÃO SECA AUMENTAM DE NORTE PARA SUL E
DE OESTE PARA ESTE, ENQUANTO A PRECIPITAÇÃO SE CONCENTRA NAS ÁREAS PRÓXIMAS DO
LITORAL, NAS TERRAS ALTAS E NAS FACHADAS EXPOSTAS AOS VENTOS OCEÂNICOS. NAS
ÁREAS ONDE A TEMPERATURA É MAIS ELEVADA, A EVAPORAÇÃO É TAMBÉM MAIS ELEVADA,
REFLETINDO-SE NUMA MENOR DISPONIBILIDADE DE ÁGUA. PARA ALÉM DISSO, HÁ OUTROS
FATORES QUE DETERMINAM AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE PORTUGAL, PRINCIPALMENTE A
PRECIPITAÇÃO.
A REPARTIÇÃO DA
PRECIPITAÇÃO EM PORTUGAL É COMANDADA POR DOIS FATORES PRINCIPAIS: A LATITUDE E
O RELEVO. A LATITUDE DETERMINA A DURAÇÃO ANUAL DO PERÍODO DURANTE O QUAL O PAÍS
É PELAS CHUVAS.
O RELEVO, ATRAVÉS
DA ALTITUDE E DA EXPOSIÇÃO AOS VENTOS HÚMIDOS, COMANDA A INTENSIDADE DE
PRECIPITAÇÃO.
A PRECIPITAÇÃO ANUAL MÉDIA ENTRE OS ANOS 1961-1990 EM BRAGANÇA FOI DE 743 MM, ENQUANTO NO PORTO FOI DE 1265 MM. MAIS PARA SUL, PORTALEGRE APRESENTA VALORES DE PRECIPITAÇÃO DE 751 MM E BEJA DE 586 MM. COIMBRA, NO CENTRO LITORAL DO PAÍS, APRESENTA 1016 MM. PARA ALÉM DESTES CONTRASTES ESPACIAIS, A PRECIPITAÇÃO VÁRIA AO LONGO DO ANO, COM A EXISTÊNCIA DE MESES SECOS NO VERÃO EM TODO O PAÍS, NÃO OBSTANTE A DURAÇÃO DA ESTAÇÃO SECA SER VARIÁVEL (FIGURA 1).
OS RIOS DO NORTE DO PAÍS, COMO O RIO DOURO, E OS QUE ATRAVESSAM SERRAS
CHUVOSAS, COMO O RIO ZÊZERE QUE ATRAVESSA A CORDILHEIRA CENTRAL, SÃO MAIS
CAUDALOSOS. O RIO GUADIANA, QUE ATRAVESSA A PLANÍCIE ALENTEJANA, TEM UM
CAUDAL ESPECÍFICO MUITO MAIS BAIXO. O RIO TEJO, O RIO MAIS COMPRIDO EM
PORTUGAL, MARCA A DIVISÃO ENTRE O NORTE HÚMIDO E O SUL SECO, QUE CONSTITUI A
CARACTERÍSTICA ESPACIAL MAIS PECULIAR DO TERRITÓRIO PORTUGUÊS.
A DESIGUAL DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS EM PORTUGAL É CONSEQUÊNCIA
NÃO SÓ DA VARIABILIDADE CLIMÁTICA COMO TAMBÉM DAS CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS
QUE SERVEM DE SUPORTE AO ARMAZENAMENTO DA ÁGUA.
PORTUGAL É UM PAÍS RICO EM RECURSOS HÍDRICOS POTENCIAIS. POSSUI AS ÁREAS
TERMINAIS DE DIVERSAS BACIAS QUE NA PENÍNSULA IBÉRICA DRENAM PARA O ATLÂNTICO
E, POR ISSO, CERCA DE 40% DAS ÁGUAS DE QUE DISPÕE PROVÊM DE ESPANHA.
A GESTÃO E A REGULARIZAÇÃO DOS SEUS RECURSOS AQUÍFEROS DEPENDEM DE COMPLICADAS NEGOCIAÇÕES COM A ESPANHA, TENDO EM CONTA AS NECESSIDADES PRESENTES E FUTURAS DE CONSUMO INTERNO E AS DISPONIBILIDADES ECONÓMICAS E, AINDA, OS ASPETOS GEOGRÁFICOS. |
O ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS INCLUI QUESTÕES TÃO VASTAS COMO A
QUALIDADE DE VIDA E DA SAÚDE, OS ECOSSISTEMAS, A ENERGIA, E AS RELAÇÕES ENTRE
PAÍSES. A VERIFICAÇÃO DE QUE OS RECURSOS HÍDRICOS SÃO FINITOS ENQUANTO O
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO SE ACENTUA, CAUSA PREOCUPAÇÃO A NÍVEL DOS GOVERNOS DE
CADA PAÍS E DE ENTIDADES SUPRANACIONAIS. CADA VEZ MAIS O CRESCIMENTO
DEMOGRÁFICO E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, COM O CONSEQUENTE USO E ABUSO DE
PESTICIDAS E ADUBOS QUÍMICOS, DE DETERGENTES INDUSTRIAIS, PROVOCARÃO A
DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS, SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEOS.
OS RECURSOS HÍDRICOS EM PORTUGAL, PER CAPITA, FIGURAM ENTRE OS MAIS ALTOS DA EUROPA, MAS A SUA GESTÃO DEPARA COM PROBLEMAS COMO A SUA DESIGUAL DISTRIBUIÇÃO NO ESPAÇO E NO TEMPO E A CONCENTRAÇÃO CRESCENTE DA POPULAÇÃO NO LITORAL, O QUE LEVA AO CONSUMO DE GRANDES QUANTIDADES DE ÁGUA NÃO COMPATÍVEIS COM AS DISPONIBILIDADES LOCAIS. OUTRO PROBLEMA É QUE BOA PARTE DOS RECURSOS HÍDRICOS DE SUPERFÍCIE ESTÁ DEPENDENTE EM QUANTIDADE E QUALIDADE DOS RECURSOS QUE NOS CHEGAM DE ESPANHA: ATENTE-SE QUE AS BACIAS DO DOURO, TEJO E GUADIANA TÊM O SEU MAIOR DESENVOLVIMENTO NO PAÍS VIZINHO. O PAPEL DE CADA CIDADÃO NA GESTÃO DAS ÁGUAS É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA. EM CASA E NOS JARDINS PRIVADOS PODEMOS TER UMA AÇÃO MUITO POSITIVA SE ESTIVERMOS CONSCIENTES DE COMO POUPAR ÁGUA E AO MESMO TEMPO EVITAR A SUA DEGRADAÇÃO. |
A CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA DA REGIÃO DO ALENTEJO É SUBDIVIDIDA POR QUATRO PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS (TEJO, SADO, GUADIANA E MIRA). SENDO QUE PARA ESTE PROJETO VAMOS DAR MAIS RELEVÂNCIA A BACIA HIDROGRÁFICA DO GUADIANA, POR SER AQUELA A QUE A NOSSA REGIÃO SE ENQUADRA.
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A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GUADIANA ABRANGE UMA
SUPERFÍCIE TOTAL DE 66 800 KM2, DOS QUAIS 55 220 (83%) EM ESPANHA E
11 580 (17%) EM PORTUGAL. É A QUARTA MAIOR BACIA HIDROGRÁFICA DA
PENÍNSULA IBÉRICA, DEPOIS DAS BACIAS DO DOURO, EBRO E TEJO.
O RIO GUADIANA NASCE NAS LAGOAS DE
RUIDERA EM ESPANHA, A 1700 M DE ALTITUDE, DESENVOLVENDO-SE AO LONGO DE
810 KM ATÉ À FOZ, NO OCEANO ATLÂNTICO, JUNTO A VILA REAL DE SANTO
ANTÓNIO. EM PORTUGAL, O RIO TEM UM DESENVOLVIMENTO TOTAL DE 260 KM, DOS QUAIS
110 KM DELIMITAM A FRONTEIRA.
A REDE HIDROGRÁFICA PODE
CLASSIFICAR-SE COMO MUITO DENSA, APRESENTANDO. O RIO GUADIANA É O COLETOR
PRINCIPAL DOS CURSOS DE ÁGUA DO ALENTEJO ORIENTAL, DO TERRITÓRIO ESPANHOL
CONTÍGUO E DOS CURSOS DE ÁGUA DA VERTENTE NE DA SERRA DO CALDEIRÃO.
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Recursos
hídricos
Objetivos
Objetivos
Modulo 1
1-Inventariar os
recursos hídricos locais e sua disponibilidade.
2-Analisar, a nível regional, a distribuição
dos recursos hídricos.
Modulo 2
1-Compreender o
processo de escoamento das águas superficiais do concelho de Serpa.
2-Reconhecer a
importância da erosão hídrica nas margens dos cursos de águas superficiais do concelho de Serpa.
3- Reconhecer a
importância do ciclo hidrológico, relacionando-a com o aumento ou diminuição do nível das
águas nos locais em estudo.
Modulo 3
1-Explicitar as
diferenças entre recursos hídricos superficiais e subterrâneos, relacionando-as com os recursos em estudo.
2-Distinguir os diferentes tipos de
aquíferos.
3-Enumerar e explicar
métodos de prospecção de águas subterrâneas.
4-Analisar a legislação
aplicável.
Modulo 4
1-Determinar a
qualidade da água de acordo com as suas características químicas, físicas e
biológicas, dos recursos hídricos locais.
2-Caracterizar a
qualidade da água para consumo humano dos três locais em estudo.
3- Caracterizar a qualidade
da água para uso agrícola dos três recursos em estudo.
Modulo
5
1-Identificar os
diferentes processos de tratamento das águas na E.T.A. do Enxoé.
2-Caracterizar cada um
dos processos de tratamento de águas utilizadas na E.T.A. do Enxoé.
3-Caracterizar os
processos de tratamento de águas residuais na E.T.A.R. de Serpa.
Atividades
a desenvolver
Atividades
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Objetivos
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Calendarização
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Fotografar quinzenalmente os locais em estudo, para
verificação do nível da água
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Módulo I- 1
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1º-19/09/2012
2º- 03/11/2012
3º-
17/11/2012
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Recolher amostras para estudo e análise para
comparação ao longo do tempo
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Módulo IV- 1
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4/10/12
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Entrevista aos proprietários relativamente à
qualidade da água e a sua utilidade.
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Módulo IV- 2/3
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22/12/2012
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Verificação
da velocidade de escoamento de águas em alguns cursos de águas superficiais
do concelho de Serpa.
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Módulo II- 1
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Entrevista aos proprietários dos barrancos sobre a
erosão
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Módulo II- 2
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22/12/2012
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Pesquisa sobre a distribuição dos recursos
hídricos na nossa região (Alentejo)
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Módulo I- 2
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3º Semana
de Novembro
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Pesquisa sobre a importância do
ciclo hidrológico, relacionando com o aumento ou diminuição de água nos
recursos em estudo
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Módulo II- 3
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1º Semana
de Novembro
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Pesquisa sobre as diferenças existentes entre
recursos hídricos superficiais e subterrâneos
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Módulo III- 1
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1º Semana
de Novembro
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Pesquisa relacionada com diferentes métodos de
prospecção de águas subterrâneas
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Módulo III- 3
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Ultima
semana de Novembro
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Pesquisa para distinção de tipos de aquíferos
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Módulo III- 2
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1º Semana
de Dezembro
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A importância
da erosão hídrica nas margens dos cursos de águas superficiais do
concelho de Serpa, através de saídas de campo
efetuadas.
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Módulo II- 2
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3/10/2012
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Caracterização dos processos de tratamento de água
com base na explicação dada pela senhora engenheira na visita a ETA da
Barragem do Enxoè
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Módulo V- 1/2
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17/10/2012
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Caracterização dos processos de tratamento de águas
residuais na visita a ETAR de Serpa
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Módulo V- 3
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07/11/2012
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Pesquisa e análise da legislação aplicável
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Módulo III- 4
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2º Semana
de Dezembro
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Atividade da ação publica
Realizar-se-á
no mês de Dezembro uma atividade de ação pública, na escola EB 2, 3 Abade
Correia da Serra, com a turma ainda a definir. Esta atividade tem como
objetivos:
·
Demonstrar a importância da água;
·
Métodos de aproveitamento de água;
·
A importância da água para os seres
vivos;
·
Seca e cheias;
·
O fenómeno da erosão;
Irá ser feita uma apresentação em PowerPoint com
todos os pontos acima referidos, com o objetivo de demonstrar a importância da
água
O PowerPoint irá conter informação relativa à
composição da água, aspetos físicos e químicos da mesma e um breve apelo
relativo à poupança da água. Iremos falar da seca, já que somos uma região
bastante afetada por esta catástrofe natural.
Recolha
·
Pesquisa de informação na internet
·
Saídas de campo
·
Entrevistas
·
Questionários
·
Fotografias
Tratamento de dados
·
Blogue
·
Vídeos com entrevistas ao proprietário
do poço
·
Elaboração de textos
·
Tabelas
·
Gráficos
Produtos finais
·
Blogue
·
Apresentação final do trabalho
·
Relatório final
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