Atividades desenvolvidas

                                                       Apresentação Pública

 Aqui fica o filme que fizemos com as gravações e fotos tiradas durante a apresentação pública.






Gráficos dos resultados obtidos através do Jogo


Aqui estão os gráficos com o nivel de satisfação dos alunos das turmas A e D do 5º ano da escola E.B. 2,3 Abade Correia da Serra em relação á apresentação publica realizada no passado dia 16/1/2013.






Apresentação publica 16/01/2013


No passado dia 16/01/2013, e no âmbito da disciplina de Projetos em Ambiente eu, Luís Baião, e o meu colega, João Orta, realizámos uma ação pública junto dos alunos da turma A do 5º ano da escola básica 2,3 Abade Correia da Serra. A apresentação teve como tópicos principais a erosão, secas e cheias, e a importância da água para o nosso planeta. A primeira apresentação teve início pelas 8:15h. Começámos por nos identificar, e seguidamente apresentámos o nosso power point, começando por uma breve introdução para explicar a importância da água no nosso planeta. Durante a apresentação sentimos algum nervosismo e alguma dificuldade em nos expressarmos. Depois de termos exposto o PowerPoint, passámos a fazer um jogo com o nosso público, todo ele com perguntas relacionadas com as explicações anteriores dadas, chamado “O jogo da água”. A turma foi dividida em grupos de quatro elementos, e apenas um dos alunos, o chamado porta-voz, podia responder. O tempo máximo de resposta era de quinze segundos e, se durante esse tempo respondessem acertadamente, ganhavam 1 ponto, se respondessem errado, automaticamente a pergunta era passada para o grupo seguinte. A equipa que conseguisse responder acertadamente a mais perguntas ganhava. Nesta dinamização notámos alguma falta de experiência da nossa parte neste tipo de situação, e falta de interação com os alunos, visto que foi a primeira vez que estivemos a lidar com o público.
Terminada a primeira apresentação, regressámos à nossa escola e preparámos melhor a segunda. Novamente na escola básica, o público-alvo foi desta vez a turma D do 5º ano. Mais uma vez começámos por nos apresentarmos e continuámos com a exposição do power point, desta vez um pouco mais confiantes e à vontade com o público, que talvez por isso, correu um pouco melhor que a primeira. Na minha opinião as apresentações podiam ter corrido muito melhor se nós nos tivéssemos empenhado mais no treino da mesma e se combinássemos melhor o que cada um ia apresentar. De um modo geral os alunos gostaram e ficaram com mais conhecimentos referentes à água, pelo que fazemos um balanço positivo destas apresentações, embora pudessem ter sido muito melhores se nos tivéssemos treinado mais e não nos limitássemos a ler o power point.




Analise dos resultados obtidos quanto à qualidade das amostras de água recolhidas nos locais em estudo




Cloretos- Em todas as águas analisadas não se encontram cloretos

Dureza – Nas três águas analisadas verifica-se que nas águas do poço um e no barranco os níveis recomendados por lei estão ultrapassados.

PH – No Ph só a água do barranco é que está abaixo dos valores recomendados e a água do poço um e dois estão no limite inferior estabelecido.

Ferro – Neste parâmetro todos as águas estão dentro dos valores recomendados.

Sulfatos – Nos sulfatos todas as águas estão dentro dos valores recomendados.

Turvação –Na turvação é onde se verificam os níveis muito elevados no poço um e no barranco. Apenas no poço dois os níveis de turvação estão dentro dos valores.
Nitratos- Nos nitratos todos os valores estão dentro dos valores recomendados, mas perto dos limites previstos por lei devido à agricultura que é praticada.















Detetámos bactérias na amostra de água do barranco, mas não conseguimos identificá-las para saber se pertencem aos grupos definidos como proibidos pela lei.



Conclusão: Nenhuma das amostras analisadas está dentro dos parâmetros recomendados por lei, por isso, as águas recolhidas nos locais em estudo não são próprias para consumo humano.

Resultados dos testes efetuados à qualidade da água dos recursos em estudo.

Teste
Amostra do barranco em estudo
Amostra do poço1
Amostra do poço2
Ferro
< 1 mg/L
< 1 mg/L
< 1 mg/L
Nitrato
44,3 mg/L
44,3 mg/L
44,3 mg/L
pH
6,4 pH
6,5 pH
6,5 pH
Sulfato
10 mg/L
10 mg/L
10 mg/L
Turvação
94 ftu
64 ftu
3,5 ftu
Fosfato
3 mg/L
1 mg/L
1 mg/L
Cloretos
0 mg/L
0 mg/L
0 mg/L
Dureza
15 mg/L
9 mg/L
0 mg/L


                                             Na imagem 1 podense observar protistas na água do barranco em estudo

Na imagem 2 podese observar uma alga








               Imagem 3 observação das aguas ao microscopio optico




Variação dos recursos hídricos

Conforme convencionado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o clima é caracterizado pelos valores médios dos vários elementos climáticos num período de 30 anos, designando-se valor normal de um elemento climático o valor médio correspondente a um número de anos suficientemente longo para se admitir que ele representa o valor predominante daquele elemento no local considerado. Segundo a OMM, designam-se por normais climatológicas os apuramentos estatísticos em períodos de 30 anos que começam no primeiro ano de cada década (1901-30, 1931-1960, ..., 1961-1990...). Estas são as normais de referência, embora se possam calcular e utilizar normais climatológicas nos períodos intercalares, por exemplo, 1951-80, 1971-2000.
O Instituto de Meteorologia, IP Portugal disponibiliza informações referentes às normais climatológicas de 21 estações integradas na rede do Instituto de Meteorologia, I.P., para o período 1971-2000, designadamente valores mensais e anuais dos principais elementos climáticos, na forma gráfica e numérica. São igualmente apresentados os valores médios da temperatura máxima e mínima do ar e os totais de precipitação, assim como os respetivos valores extremos.
Os resultados das normais climatológicas 1971-2000, as últimas disponíveis, permitem também identificar os diferentes tipos de clima, tendo-se utilizado para Portugal Continental a classificação de Köppen-Geiger, que corresponde à última revisão de Köppen em 1936. Os resultados obtidos pela cartografia, para esta classificação climática, permitem confirmar que na maior parte do território Continental o clima é Temperado, do Tipo C, verificando-se o Subtipo Cs (Clima temperado com Verão seco)  e as seguintes variedades:
 - Csa, clima temperado com Verão quente e seco nas regiões interiores do vale do Douro (parte do distrito de Bragança), assim como nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela (exceto no litoral oeste do Alentejo e Algarve).
 - Csb, clima temperado com Verão seco e suave, em quase todas as regiões a Norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e nas regiões do litoral oeste do Alentejo e Algarve.
Numa pequena região do Baixo Alentejo, no distrito de Beja, encontra-se Clima Árido – Tipo B, Subtipo BS (clima de estepe), variedade BSk (clima de estepe fria da latitude média).

Este mapa mostra as áreas que são abrangidas por cada tipo de clima existente em Portugal Continental. O concelho de Serpa, região onde se encontram os recursos hídricos em estudo, tem um tipo de clima.
 Os gráficos anteriores apresentam os valores médios mensais da precipitação de cada mês ao longo de trinta anos, 1981-2010.
No primeiro gráfico verificamos que a distribuição da precipitação é muito irregular irregular, chovendo mais nos meses de Novembro e Dezembro.
Os meses em que o nível de precipitação é muito baixo são os de Julho e Agosto, tendo os seguintes valores:
               Julho: o valor médio da quantidade total de precipitação deste mês foi de 2,4mm, sendo o valor máximo diário de 16,9mm;
              Agosto: O valor médio da quantidade total de precipitação deste mês foi de 4mm, enquanto o valor máximo diário foi de 33,3mm.
O segundo gráfico mostra a precipitação anual ao longo de trinta anos.
Verificamos que os valores médios de precipitação dos anos 1981-1988, 1990-1995, 1998, 2004/05, 2007-2009 foram negativos, estando abaixo dos níveis normais de precipitação. 

Em comparação com os recursos em estudo, podemos verificar que o nível de água era muito reduzido até ao fim de Outubro. Isto esteve devido ao meses pouco chuvosos de julho e agosto, como esta evidenciado no documento acima. 
O contrario se verifica a partir do fim do mês de Outubro onde os dias foram mais chuvosos, levando ao aumento do caudal dos recursos. 


Saída de campo ao estaleiro da câmara municipal de Serpa




Foi no âmbito da disciplina de Projetos em Ambiente que nós, alunos a desenvolver um projeto relativo aos recursos hídricos do concelho de Serpa, realizámos uma saída de campo ao estaleiro da Câmara Municipal de Serpa. Esta saída de campo teve como objetivo a realização de uma entrevista para esclarecimentos, sobre a responsabilidade que esta entidade tem a nível da distribuição de água no concelho.







Para esta atividade foram elaboradas antecipadamente perguntas, que a seguir expomos: 


1.Porque é que a água da rede pública, por vezes, apresenta um aspeto castanho na freguesia de Pias e Vila Nova de São Bento? Será que é perigoso?


A água por vezes apresenta esse aspecto castanho quando existem roturas nos canais condutores da água até a casa do consumidor. Não é aconselhável beber essa água, pois pode provocar problemas para a saúde humana. Sendo recomendado que se deixe a torneira aberta durante um tempo para que à água volte ao normal.



2.De onde é proveniente a água que rega os espaços verdes do concelho de Serpa?

A água destinada à rega dos espaços verdes de Serpa vem da rede pública. Esta água é tratada como se o seu fim fosse o consumo da população, por isso o desperdício de água é muito elevado.
3.Existem regras de poupança de água nos edifícios da câmara? Têm-se notado mudanças de comportamento ao longo dos anos?
A Câmara não tem sido muito rigorosa neste aspeto, impondo poucas medidas para o melhoramento deste problema. Neste momento o município está a considerar colocar redutores nas torneiras, para uma maior poupança deste recurso.

4.Existe alguma legislação nacional que regule as responsabilidades da câmara quanto à gestão dos recursos hídricos do respectivo concelho?
Existe legislação que regula as responsabilidades da câmara quanto à gestão dos recursos hídricos do respectivo concelho, estando explícito nos Decretos-Lei abaixo mencionados:
  • Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro;
  • Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto;
  • Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de Junho;
  • Decreto-Lei n.º 149/2004, de 22 de Junho;
  • Decreto-Lei n.º 46/94, de 22 de Fevereiro;
  • Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio;
  • Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro;
  • Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto.




Barragem do Enxoè
No dia 17 de Outubro de 2012, realizou-se uma atividade no exterior, no âmbito da disciplina de PAMB (Projetos em Ambiente), com a docente responsável, Leonor Paiva.

Esta visita teve como objetivos saber quais são as etapas de tratamento da água na ETA do Enxoé, como é processada cada uma dessas etapas, e como é feita a distribuição da mesma pelos concelhos abrangidos.

A Barragem do Enxoé foi inaugurada em 1998, iniciando-se a sua construção em 1995.

Esta barragem é constituída por:

Paredão;
Descarregador de superfície;
Descarregador de fundo;

Torre de captação.

Esta albufeira tem uma capacidade de armazenamento de 12 hm³, sendo que 0.2 hm³ desta capacidade é volume morto, água que não se pode captar por estar no fundo.


Atualmente a albufeira está com 80% da sua capacidade total de água, apresentando uma cota de 1730m,sendo que a sua cota máxima é de 176m.
As suas águas só têm um fim específico, que é o abastecimento de quatro municípios: Serpa, Moura, Mértola e Barrancos. Para um maior controlo da qualidade da água, é feita, duas vezes por ano, uma descarga pelo descarregador de fundo.
Quanto à qualidade as águas, estas são classificadas como A1, A2 e A3, de acordo com as necessidades de tratamento, segundo o Decreto-lei nº 236/98 de 1 de Agosto. As águas classificadas como A1 são águas de boa qualidade e só têm que levar uma leve correcção, enquanto as águas classificadas como A2 já têm uma qualidade inferior e outro tipo de tratamento um pouco mais específico. Por fim, as águas classificadas em A3, como é o caso das águas da Barragem do Enxoé, de acordo com o decreto-lei acima mencionado, são de má qualidade, com muitos problemas a nível de eutrofização, elevada quantidade de azoto e oxidabilidade.
A fraca qualidade da água desta albufeira está relacionada com o azoto amoniacal, o nível de eutrofização e a oxidabilidade. Estes são agentes que poderiam provocar de graves doenças caso a população a consumisse. Cada agente tem o seu nível mais elevado em determinados meses do ano. No caso do azoto amoniacal, este manifesta níveis elevados entre o mês de Julho de um ano e janeiro/fevereiro do seguinte, o nível de eutrofização é elevado durante todo o ano, enquanto a oxidabilidade é mais elevada nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro.



Estes graves problemas que afetam a qualidade das águas estão relacionadas com as fontes de poluição, em grande parte de atividades antropogénicas, nomeadamente a existência de gado nas suas margens, que utilizavam aquele recurso hídrico para beber, defecar e urinar. A herdade da Abobada representou outra fonte poluente das águas da albufeira, devido à escorrência das águas da queijaria. Por último, outra fonte que teve um grande impacto na insuficiente qualidade daquele recurso foi a ETAR de Vale de Vargo, que descarregava na albufeira do Enxoé.
A juntar a estas dificuldades, de 2003 a 2004 a ETA teve graves problemas com a qualidade da água devido á existência de um grande número de algas. Este problema foi solucionado em 2006/2007 com a pareceria celebrada entre a EDIA o INAG e as águas públicas do Alentejo, que permitiu a adoção de medidas de prevenção à poluição das águas.

Essas foram:

  • Reforço das vedações, não permitindo que o gado entre em contacto com a água;
  • Foram abertas valas em volta da albufeira de modo a filtrar as primeiras escorrências;
  • Dragagem em volta da torre de captação;
  • Abertura de uma nova ETAR em Vale de Vargo.

Não foram só tomadas medidas para melhorar a qualidade das águas da albufeira, mas também foi aumentada a altura do descarregador de superfície, fazendo com que o armazenamento de água aumentasse mais 2 hm³. Estas melhorias levaram a que as algas não aparecessem durante todo o ano, mas somente no verão. Também os níveis de azoto amoniacal e da oxidabilidade têm registado valores mais baixos do que se verificavam interiormente.
Devido a um Inverno chuvoso, no ano de 2010 e 2011, a barragem fez descargas durante três meses. Estima-se que existe água potável para o abastecimento da população abrangida por esta albufeira durante dois anos, caso as condições não sejam, as mais favoráveis. A nível das atividades que se podem desenvolver na albufeira, só é permitido andar de barcos sem motor, respeitando o perímetro de segurança, e é permitido pescar mas sem engodar. O banho não é aconselhável uma vez que a água é de má qualidade.


Benefício da barragem do Enxoé para o meio ambiente


A construção da barragem teve um impacte não muito positivo para o meio ambiente, alterando o meio aquático fazendo com que as espécies que lá existiam desaparecessem, levando ao aparecimento de outras. Não foi só a nível da fauna e flora que esse projeto teve impacto, também o teve a nível dos aquíferos, fazendo com que a população não esgote as suas reservas de água. Para alem das infraestruturas já mencionadas anteriormente, foi construída uma saída específica para manter o caudal ecológico sendo descarregado no inverno 1,7 l/s e no verão 0,5 l/s, alimentando a ribeira do Enxoé.


Abastecimento


O abastecimento à população pode ser em alta ou em baixa, isto é:


Abastecimento em alta- este processo inclui a captação, tratamento e adução (transporte), sendo a Barragem do Enxoé responsável por este abastecimento.



Abastecimento em baixa- desde a saída do reservatório até ao consumidor, da responsabilidade da câmara de Serpa.




Tratamento


Esta ETA tem uma capacidade máxima de tratamento de água de 225 m³/h, sendo o tratamento ajustado de acordo com a qualidade da água. A captação de água da albufeira, através da torre de captação é feita por transporte gravítico até a ETA, passando por uma válvula que ajusta a quantidade de água que entra para ser tratada. Este tratamento tem vários passos, que são os seguintes:



  • Captação - é feita na albufeira, através da torre de captação;
  • Transporte - é feito por gravidade até a ETA;
  • Pré-Oxidação - adição de dióxido de cloro;
  • Arejamento - é utilizado para a oxidação de ferro e manganés; ocorrem trocas gasosas que libertam os óxidos voláteis;
  • Tanque de mistura - complementação da adição do dióxido de cloro, onde um agitador faz dispersar o reagente na água;
  • 2º câmara de mistura - mistura do coagulante, para "agrupar" as impurezas;

  • 3º câmara de mistura - é onde as partículas ficam agrupadas em flocos maiores ao embaterem umas nas outras, para isto acontecer a velocidade do agitador é menor;
  • Decantação - as partículas ficam no fundo, formando as lamas que serão escoadas;
  • Filtração - as partículas que não foram decantadas ficam presas nas areias, sendo adicionado mais carvão.



Os filtros são lavados em contra-corrente com ar comprimido e água. Estes são lavados duas vezes por dia, ou quatro vezes por turno se for adicionado mais carvão.

A troca das areias deve ser feita de cinco em cinco anos.

O processo de lavagem dos filtros representa um grave problema, que é o grande volume água gasto no mesmo, 20000 L por lavagem. Este processo, embora possa ser todo feito de forma computorizada, é feito manualmente para assegurar que os filtros ficam bem limpos.

As lamas e águas sujas têm um tratamento próprio, não se misturando com as outras águas. Estas vão para uma cisterna que tem um fundo em forma de funil para permitir a decantação. As lamas são ensacadas no final do processo, indo para aterro, enquanto as águas são drenadas na ribeira do enxoé. Estas lamas muitas vezes são pedidas pelos agricultores para fertilizar os solos, mas isso é um grave erro, pois não têm condições para tal, por terem elevadas quantidades de carvão.


Neste processo o operador tem o dever de:


  • Vigiar o equipamento;
  • Limpar filtros;
  • Preparar soluções.


As populações de Serpa, Pias, Ficalho e Vale de Vargo não dependem apenas do abastecimento do Enxoé, pois têm outra fonte de abastecimento que são as águas subterrâneas. Um problema que afeta esta fonte de abastecimento é a elevada dureza da água, que está relacionada com as características do solo onde esta está armazenada.


Transporte para as várias populações



O transporte da água para as populações abrangidas pela Barragem do Enxoé é feita de maneira diferente. O concelho de Mértola é abastecido por gravidade, enquanto no concelho de Serpa a água já tem de ser bombeada, isto deve-se ao relevo existente nestas regiões.


Atualmente são abastecidas 20000 pessoas pelo Enxoé.





Laboratório


Nas instalações da Barragem do Enxoé são feitas analises às águas para saber se os processos de tratamento estão a decorrer como é esperado.

Para saber se as águas se encontram dentro dos parâmetros admissíveis para o consumo humano, e para uma maior segurança nos resultados obtidos, é contratada uma empresa acreditada para fazer as análises.


No laboratório da Barragem do Enxoé são avaliados os seguintes parâmetros:


  • pH;
  • Ferro;
  • Alumínio;
  • Manganés;
  • Turvação;
  • Dióxido de cloro;
  • Amoniacal.


















Figura 1  - Tanque de mistura





Figura 2 - Albufeira da Barragem do Enxoé



Figura 3 - Descarregador de superfície


Figura 4 - Paredão







Saída de campo à Ribeira do Enxoé 

Corredor Ripícola
Os corredores ripícolas são conhecidos pela importância que têm nos cursos de água. Estes habitats são responsáveis não só pela manutenção da qualidade da água, uma vez que a vegetação aí presente actua como filtro, que retém objectos que possam poluir a água, mas também pela regulação da sua temperatura e redução dos riscos associados a erosão, através da manutenção da coesão das margens.
Para além das características já mencionadas, os corredores ripícolas contribuem também para a existência de uma elevada biodiversidade, por oferecerem uma grande variedade estrutural e inúmeros recursos para a vida selvagem.
As alterações de uso do solo por desflorestação, reflorestações, urbanizações, drenagem, expansão das áreas de regadio, etc., alteram o regime hidrológico e as relações solo-água das encostas, tendo uma repercussão imediata nos caudais em termos totais, distribuição ao longo do ano e na quantidade de sedimentos provocados pela erosão, que se vão depositar no curso de água.
No entanto, são as actividades desenvolvidas nas proximidades dos cursos de água e no seu interior, as que têm um maior impacte e mais visível sobre os ecossistemas ribeirinhos, alterando profundamente a vida aquática que albergam.    
As intervenções agressivas sobre estes frágeis ecossistemas, revelam provocar grandes danos, quer em termos hidráulicos, ecológicos e até mesmo económicos, devido aos elevados custos das actuações correctivas após a intervenção, como por exemplo a construção de muros de suporte em taludes das margens para evitar a erosão dos solos.



Ribeira do Enxoé

No dia 3 de Outubro de 2012, a turma do TGA realizou uma saída de campo no âmbito da disciplina de Projectos e Ambiente com a professora Leonor Paiva. Esta saída de campo teve como principal objectivo verificar e analisar um bom corredor e um mau corredor ripícola, com o intuito de tirar apontamentos para uma comparação com o corredor em estudo.
No primeiro troço da saída de campo, com se pode ver na (figura1), não existe praticamente nenhuma vegetação. A pouca vegetação leva a que a velocidade do escoamento de água seja mais rápida, não permitindo que a água se infiltre no solo, e faz com que o solo não fique preso nas margens, caindo para a linha de água.
Neste troço do curso de água foi feita verificada a temperatura da água, tendo uma temperatura de 13ºC.


Figura1- Ribeira do Enxoé-  1º paragem no corredor ripícola.
Margens erodidas








Figura 2- Ribeira do Enxoé 1º troço do curso de água 






Figura 3 Ribeira do Enxoé- 1º troço do curso de água
Medição da temperatura(13°C)






Figura 4 Ribeira do Enxoé- 1º troço do curso de água
Erosão das margens




No primeiro troço da saída de campo, o corredor ripícola tem uma vegetação pouco variada e pouco abundante, predominando as silvas e as canas como se pode verificar pela imagem da figura 5.
A figura 5, mostra o local da ribeira, onde foi efectuado a medição da largura do curso de água e da vegetação de cada margem. 









Figura 5 Ribeira do Enxoé- 1º troço da Ribeira do Enxoé  




No segundo troço da saída de campo foi visto um bom corredor rupícola, como mostra a figura 6 e 7, que se situa mais a jusante na Ribeira do Enxoé. Era composta por uma grande variedade de vegetação, com a existência de salgueiros, faias, freixo, tabuas, loendros, hortelã brava e agriões.

Não existiam vestígios de erosão nesta parte da ribeira do Enxoé, devido à pouca intervenção do homem, direta e indiretamente, e por ter muita vegetação, que faz com que as margens não se degradem e contribui para uma maior infiltração da água no solo. Também foi medida a temperatura da água neste local, verificando-se uma temperatura de 17°C. 







                Figura 6 Ribeira do Enxoé- 2º troço da Ribeira do Enxoé














Figura 7 Ribeira do Enxoé- 2º troço da Ribeira do Enxoé



Espécies encontradas na primeira paragem na Ribeira do Enxoé:



  • Espargueira-Espargus acutifólius
  • Eucalipto- Eucalyptus sp.
  • Aroeira-Lithraea molleoides
  • Silva-Pistacia lestiscus
  • Loendro- Nerium oleander
  • Cana-Cannaceae sp.


Espécies encontradas na segunda paragem na Ribeira do Enxoé:



  • Silva- Pistacia lentiscus
  • Mantraste- Menta sp.
  • Agrião- Cardamine amara
  • Salgueiro- Salix sp.
  • Tabuas
  • Freixo- Fraxinus excelsior
  • Loendro- Nerium oleandrer
  • Vinha selvagem- Vitis vinifera
  • Lianas-
  • Faia- Fagos sgalvatica
  • Trovisco-Paphne gndium
  • Espargueira-Asparagus acutifólios


A análise feita anteriormente à Ribeira do Enxoé serviu para que tivéssemos uma ideia de como funciona um bom corredor ripícola, que papéis desempenha, e a sua importância para o curso de água a que está associado. A partir dos dados recolhidos nesta saída de campo iremos fazer uma análise ao barranco em estudo, para verificar se tem um corredor ripícola eficiente ou se as alterações provocadas pelo homem fizeram com que ficasse degradado.
A figura 8, mostra o barranco em estudo, que está desprovido de vegetação ripícola, tendo apenas algumas figueiras e juncos nas margens. Esta vegetação é insuficiente para combater alguns problemas, nomeadamente:

A erosão das margens;

O aumento da velocidade de escoamento das águas, que leva a uma menor infiltração da água no solo;

O aumento da variação da temperatura, fazendo com que a água se evapore mais rápido do que se o barranco tivesse uma boa vegetação ripícola;

A insuficiente filtração da água, não ajudando a “despoluição” da mesma.



















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