quinta-feira, 29 de novembro de 2012



Analise dos resultados obtidos quanto à qualidade das amostras de água recolhidas nos locais em estudo.

Cloretos- Em todas as águas analisadas não se encontram cloretos

Dureza – Nas três águas analisadas verifica-se que nas águas do poço um e no barranco os níveis recomendados por lei estão ultrapassados.

PH – No Ph só a água do barranco é que está abaixo dos valores recomendados e a água do poço um e dois estão no limite inferior estabelecido.

Ferro – Neste parâmetro todos as águas estão dentro dos valores recomendados.

Sulfatos – Nos sulfatos todas as águas estão dentro dos valores recomendados.

Turvação –Na turvação é onde se verificam os níveis muito elevados no poço um e no barranco. Apenas no poço dois os níveis de turvação estão dentro dos valores.
Nitratos- Nos nitratos todos os valores estão dentro dos valores recomendados, mas perto dos limites previstos por lei devido à agricultura que é praticada.

 Tabela com os parâmetros recomendados por lei


 



Detetámos bactérias na amostra de água do barranco, mas não conseguimos identificá-las para saber se pertencem aos grupos definidos como proibidos pela lei.


 
 
 

 Conclusão: Nenhuma das amostras analisadas está dentro dos parâmetros recomendados por lei, por isso, as águas recolhidas nos locais em estudo não são próprias para consumo humano.

Resultados dos testes efetuados à qualidade da água dos recursos em estudo. 

Teste
Amostra do barranco em estudo
Amostra do poço1
Amostra do poço2
Ferro
< 1 mg/L
< 1 mg/L
< 1 mg/L
Nitrato
44,3 mg/L
44,3 mg/L
44,3 mg/L
pH
6,4 pH
6,5 pH
6,5 pH
Sulfato
10 mg/L
10 mg/L
10 mg/L
Turvação
94 ftu
64 ftu
3,5 ftu
Fosfato
3 mg/L
1 mg/L
1 mg/L
Cloretos
0 mg/L
0 mg/L
0 mg/L
Dureza
15 mg/L
9 mg/L
0 mg/L
 
Na imagem 1 podem-se observar protistas na água do barranco em estudo
 
 
 
Na imagem 2 pode-se observar uma alga
 
 
 
 Na imagem 3 observação das águas ao microscopio óptico
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


Variação dos recursos hídricos

Conforme convencionado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o clima é caracterizado pelos valores médios dos vários elementos climáticos num período de 30 anos, designando-se valor normal de um elemento climático o valor médio correspondente a um número de anos suficientemente longo para se admitir que ele representa o valor predominante daquele elemento no local considerado. Segundo a OMM, designam-se por normais climatológicas os apuramentos estatísticos em períodos de 30 anos que começam no primeiro ano de cada década (1901-30, 1931-1960, ..., 1961-1990...). Estas são as normais de referência, embora se possam calcular e utilizar normais climatológicas nos períodos intercalares, por exemplo, 1951-80, 1971-2000.
O Instituto de Meteorologia, IP Portugal disponibiliza informações referentes às normais climatológicas de 21 estações integradas na rede do Instituto de Meteorologia, I.P., para o período 1971-2000, designadamente valores mensais e anuais dos principais elementos climáticos, na forma gráfica e numérica. São igualmente apresentados os valores médios da temperatura máxima e mínima do ar e os totais de precipitação, assim como os respetivos valores extremos.
Os resultados das normais climatológicas 1971-2000, as últimas disponíveis, permitem também identificar os diferentes tipos de clima, tendo-se utilizado para Portugal Continental a classificação de Köppen-Geiger, que corresponde à última revisão de Köppen em 1936. Os resultados obtidos pela cartografia, para esta classificação climática, permitem confirmar que na maior parte do território Continental o clima é Temperado, do Tipo C, verificando-se o Subtipo Cs (Clima temperado com Verão seco)  e as seguintes variedades:
 - Csa, clima temperado com Verão quente e seco nas regiões interiores do vale do Douro (parte do distrito de Bragança), assim como nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela (exceto no litoral oeste do Alentejo e Algarve).
 - Csb, clima temperado com Verão seco e suave, em quase todas as regiões a Norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e nas regiões do litoral oeste do Alentejo e Algarve.
Numa pequena região do Baixo Alentejo, no distrito de Beja, encontra-se Clima Árido – Tipo B, Subtipo BS (clima de estepe), variedade BSk (clima de estepe fria da latitude média).
 Este mapa mostra as áreas que são abrangidas por cada tipo de clima existente em Portugal Continental. O concelho de Serpa, região onde se encontram os recursos hídricos em estudo, tem um tipo de clima Csa.




 Os gráficos anteriores apresentam os valores médios mensais da precipitação de cada mês ao longo de trinta anos, 1981-2010.
No primeiro gráfico verificamos que a distribuição da precipitação é muito irregular irregular, chovendo mais nos meses de Novembro e Dezembro.
Os meses em que o nível de precipitação é muito baixo são os de Julho e Agosto, tendo os seguintes valores:
       Julho: o valor médio da quantidade total de precipitação deste mês foi de 2,4mm, sendo o valor máximo diário de 16,9mm;
       Agosto: O valor médio da quantidade total de precipitação deste mês foi de 4mm, enquanto o valor máximo diário foi de 33,3mm.

O segundo gráfico mostra a precipitação anual ao longo de trinta anos.
Verificamos que os valores médios de precipitação dos anos 1981-1988, 1990-1995, 1998, 2004/05, 2007-2009 foram negativos, estando abaixo dos níveis normais de precipitação.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Saída de campo à ETAR de Serpa



No dia 7 de Novembro de 2012 realizou-se uma saída de campo à ETAR de Serpa com o objetivo de verificar como é feito o tratamento das águas residuais, e os destinos finais destas e das lamas resultantes.


Esta saída de campo teve a participação da senhora engenheira Ana Soares, que fez a gentileza de nos acompanhar e guiar pela ETAR, e ainda a participação dos docentes Joaquim Rato, Leonor Paiva e Maria Zorrinho.


A estação de tratamento de águas residuais (ETAR) tem a função de despoluir as águas residuais para as devolver a um curso de água sem que estas poluam o ambiente.


Esta estação é constituída por vários processos e sistemas de tratamento, que são:
1. A obra de entrada;



2. A vala de oxidação;


3. Os decantadores;


4. O tratamento terciário (filtração e desinfeção por raios ultravioletas).


 
Tratamento



Obra de entrada


Neste local dá-se o inicio do processo de tratamento das águas residuais. Aqui são recebidas todas as águas que vêm de nossas casas (esgotos). Neste local a matéria orgânica mais volumosa é retirada pela ação do tamisador, encaminhando-a para um contentor para posteriormente serem levados para aterro.
Ainda neste local é feito o desengorduramento e o desarenamento das águas. Estes processos são feitos numa caixa, com a ajuda de ar comprimido, que separa as areias e as gorduras da água encaminhando-os cada um para a sua caixa para depois seguirem para aterro.



Vala de oxidação


Nesta fase do processo as águas que vêm da obra de entrada são tratadas por bactérias anaeróbias e aeróbias.


Estas bactérias vão fazer a decomposição da matéria orgânica que existe na água. Para isto acontecer é preciso que existam movimentos na água durante um certo tempo, que é regulado por um temporizador. Este movimento serve para favorecer as bactérias aeróbias, que necessitam de oxigénio para sobreviver. Por outro lado este processo não favorece as bactérias anaeróbias, que só sobrevivem na ausência de oxigénio, e por isso existem períodos em que não à movimento na água, para que estas consigam sobreviver.


Deste processo resultam lamas, que ficam depositadas no fundo da vala de oxidação, e passam então por um teste para saber qual o seu destino.


O teste tem o nome de, teste de Imhoff e consiste no seguinte:


1. Encher um cone com um litro de água retirada da vala. Espera-se uma hora e verifica-se o nível das lamas. Este método serve para os técnicos verificarem se as lamas têm ou não o volume necessário para que as bactérias sobrevivam. Se o volume for abaixo dos 700 mm/L as lamas voltam para a obra de entrada, se o valor for acima do indicado anteriormente as lamas vão para os espessadores para serem tratadas e posteriormente levadas para aterro.





Decantadores



Aqui é recebida a água que vem da vala de oxidação juntamente com as lamas. Neste processo as lamas mais pesadas ficam depositadas no fundo, enquanto as mais leves ficam na superfície da água, tendo de ser retiradas por ação de um raspador.


As lamas, como já referi anteriormente, ou voltam para a obra de entrada, ou são espessadas. A estas últimas é retirado o máximo de água possível para, posteriormente, serem encaminhadas para aterro.


As águas que resultam deste processo sofrem um tratamento diferente das lamas, o tratamento terciário.



Tratamento terciário

Neste processo as águas que vêm dos decantadores passam pelos filtros de tela e, posteriormente, pelos raios ultravioleta. Este processo serve para remover bactérias que possam ser prejudiciais para o recurso hídrico a que vão ser devolvidas, bem como para a saúde humana e dos animais.









Problemas existentes na ETAR:



1. Falhas elétricas;

2. Morte de bactérias;

3. Descargas anormais.

Na ETAR de Serpa, até ao momento, ainda não ocorreu nenhum dos problemas acima mencionados.