segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Saída de campo à ETAR de Serpa



No dia 7 de Novembro de 2012 realizou-se uma saída de campo à ETAR de Serpa com o objetivo de verificar como é feito o tratamento das águas residuais, e os destinos finais destas e das lamas resultantes.


Esta saída de campo teve a participação da senhora engenheira Ana Soares, que fez a gentileza de nos acompanhar e guiar pela ETAR, e ainda a participação dos docentes Joaquim Rato, Leonor Paiva e Maria Zorrinho.


A estação de tratamento de águas residuais (ETAR) tem a função de despoluir as águas residuais para as devolver a um curso de água sem que estas poluam o ambiente.


Esta estação é constituída por vários processos e sistemas de tratamento, que são:
1. A obra de entrada;



2. A vala de oxidação;


3. Os decantadores;


4. O tratamento terciário (filtração e desinfeção por raios ultravioletas).


 
Tratamento



Obra de entrada


Neste local dá-se o inicio do processo de tratamento das águas residuais. Aqui são recebidas todas as águas que vêm de nossas casas (esgotos). Neste local a matéria orgânica mais volumosa é retirada pela ação do tamisador, encaminhando-a para um contentor para posteriormente serem levados para aterro.
Ainda neste local é feito o desengorduramento e o desarenamento das águas. Estes processos são feitos numa caixa, com a ajuda de ar comprimido, que separa as areias e as gorduras da água encaminhando-os cada um para a sua caixa para depois seguirem para aterro.



Vala de oxidação


Nesta fase do processo as águas que vêm da obra de entrada são tratadas por bactérias anaeróbias e aeróbias.


Estas bactérias vão fazer a decomposição da matéria orgânica que existe na água. Para isto acontecer é preciso que existam movimentos na água durante um certo tempo, que é regulado por um temporizador. Este movimento serve para favorecer as bactérias aeróbias, que necessitam de oxigénio para sobreviver. Por outro lado este processo não favorece as bactérias anaeróbias, que só sobrevivem na ausência de oxigénio, e por isso existem períodos em que não à movimento na água, para que estas consigam sobreviver.


Deste processo resultam lamas, que ficam depositadas no fundo da vala de oxidação, e passam então por um teste para saber qual o seu destino.


O teste tem o nome de, teste de Imhoff e consiste no seguinte:


1. Encher um cone com um litro de água retirada da vala. Espera-se uma hora e verifica-se o nível das lamas. Este método serve para os técnicos verificarem se as lamas têm ou não o volume necessário para que as bactérias sobrevivam. Se o volume for abaixo dos 700 mm/L as lamas voltam para a obra de entrada, se o valor for acima do indicado anteriormente as lamas vão para os espessadores para serem tratadas e posteriormente levadas para aterro.





Decantadores



Aqui é recebida a água que vem da vala de oxidação juntamente com as lamas. Neste processo as lamas mais pesadas ficam depositadas no fundo, enquanto as mais leves ficam na superfície da água, tendo de ser retiradas por ação de um raspador.


As lamas, como já referi anteriormente, ou voltam para a obra de entrada, ou são espessadas. A estas últimas é retirado o máximo de água possível para, posteriormente, serem encaminhadas para aterro.


As águas que resultam deste processo sofrem um tratamento diferente das lamas, o tratamento terciário.



Tratamento terciário

Neste processo as águas que vêm dos decantadores passam pelos filtros de tela e, posteriormente, pelos raios ultravioleta. Este processo serve para remover bactérias que possam ser prejudiciais para o recurso hídrico a que vão ser devolvidas, bem como para a saúde humana e dos animais.









Problemas existentes na ETAR:



1. Falhas elétricas;

2. Morte de bactérias;

3. Descargas anormais.

Na ETAR de Serpa, até ao momento, ainda não ocorreu nenhum dos problemas acima mencionados.